SENSIBILIDADE NA ADORAÇÃO

 

SENSIBILIDADE NA ADORAÇÃO

Por. Rogério Godoy

 

Ultimamente, temos lido e ouvido falar de várias formas e formulas de se obter uma adoração perfeita e agradável ao coração de DEUS. Muitos são os adoradores e “adoradores”, que observam e discutem sobre esse tema. Creio, isso digo de mim, em concordância ao já mencionado por diversos desses adoradores que, a “busca” da adoração perfeita tem que se iniciar na sensibilidade do adorador, para saber (descobrir) o como “agradar” ao coração de DEUS.

Em João 4:23-24, aprendemos que DEUS é espírito, e que seus adoradores devem (necessitam) o adorar em espírito e em verdade. Partem do pressuposto,  e  verdade  o  é,   que  somos   filhos  de  DEUS e que seu Espírito habita em nós, temos que ser sensíveis ao que deseja receber o coração do Pai; e o desejo do Altíssimo “deve ser satisfeito por nós” sem reservas, ou melhor, sem embrulhos bonitos com pomposos laços que tentam esconder de DEUS o que realmente lhe oferecemos (?)

A sensibilidade na adoração se aperfeiçoa na dependência desesperada de que temos de DEUS. I Samuel 1 nos revela a história de Ana, mulher de Elcana, que era estéril, e que além de levar sobre si o que na época era considerada uma maldição, ainda tinha que ouvir as provocações de Penina (v.6) a “outra mulher” de seu marido, pelo fato desta ter filhos e filhas, enquanto Ana não os tinha. Ana, mesmo passando por tão grande tribulação, era amada por seu marido, que a honrava  em  todo sacrifício que fazia ao Senhor, dando-lhe porção dobrada do que dava a Penina e seus filhos (v. 4 e 5). O amor de DEUS por Ana, através da vida de Elcana sensibilizava de tal forma o coração de Ana, que ela devolvia esse amor a DEUS... pelas vias da adoração. E, essa adoração sem reservas lhe rendeu um milagre (o profeta Samuel), um filho gerado em uma madre seca; que ela, com o coração nas mãos de seu Senhor, o devolveu em adoração (v. 22 a 28) e, isso lhe rendeu outros filhos e filhas (I Samuel 2:21). A mulher estéril, que por ser amada por seu marido, recebia dele porção dobrada, por amar e confiar sem nunca deixar de adorar ao seu Senhor, dEle recebeu porção dobrada e multiplicada de sua graça.

A adoração a DEUS, não pode ser barganhada, ela tem de ser de plena entrega... de amor. A técnica, a “força” do “adorador” nunca poderá prevalecer sobre a necessidade de se alcançar o coração do Pai, com lisonjeio à sua pessoa. Ainda tomando a adoradora Ana por referência, a adoração, ainda que “respondida”, não pode ser relaxada; pois, Ana desejava um filho, que DEUS a deu, e por não cessar a adoração... outros filhos Ele a acrescentou; e por ainda não cessar a adoração (I Samuel 1:1 a 10)..., ela se tornou exemplo de adoração para nossa geração.

O coração do adorador tem que estar sensível a vontade do Pai, se este realmente deseja com sua adoração, alcançar ao coração daquele que digno é de recebê-la.

Davi, cujo nome significa AMADO, era um homem dito: Segundo o Coração de DEUS. Davi não tinha esse título porque DEUS assim o determinará, mas o herdará pelo fato de nele se encontrar um coração de adorador, que amava desesperadamente a seu Senhor. E isso é percebido em suas ações; mesmo diante das adversidades (I Samuel 24:4 a 6 e 26:8 e 9) e do pecado (Salmo 51), referindo-se a II Samuel 11 e 12). Não que Davi não tenha vacilado, agindo por si só; mas, ele era um homem que embora tivesse seus altos e baixos como cada um de nós... seu amor maior estava em DEUS.

Temos aprendido, e isso não digo todos, que, antes de rendermos a DEUS o louvor e a adoração que lhe é devida, temos que amarrar as mãos do diabo contra nossas vidas, enquanto adoradores; se levantamos nossas mãos em pecado,  sem  confissão e arrependimento, abrimos brecha para o fechamento dos céus sobre nossas cabeças e para nossa adoração; pois outorgamos ao nosso inimigo legalidade no mundo espiritual contra nossa vida. Muitos, chamados “ministros de louvor e adoração”, têm dado essa legalidade ao “mal” pelo simples fato de não estarem sensíveis ao compromisso da adoração. DEUS não recebe a adoração só dos santos, mas também dos que buscam essa santidade de coração sincero. Se o coração do “adorador” não esta sensível ao coração do ser ADORADO, a adoração perde sua essência, e a essência da adoração é o amor e a gratidão: O amor de DEUS por nós..., e a nossa gratidão a DEUS por esse... imerecido amor!!!